76. Qual é a voz do magistério da Igreja a respeito do pai de Jesus?

É preciso dizer que não apenas os teólogos e devotos interessaram-se pela teologia Josefina, mas também o magistério da Igreja. Pio IX com o decreto “Inclytus Patriarcha Joseph”, de 10 de setembro de 1847, estendeu a festa do Patrocínio de São José para toda a Igreja. Da mesma forma, com um outro decreto: “Quemadmodum Deus”, de 08 de dezembro de 1870, proclamou-o Patrono universal da Igreja. O Papa Leão XIII colocou o seu pontificado sob a “proteção poderosíssima de São José” e em inúmeros documentos, encíclicas e decretos lembrou a presença de São José. Dentre todos destacamos a encíclica “Quamquam Pluries”, de 15 de agosto de 1889, onde expôs a doutrina sobre São José. Os Papas Pio X e Bento XV em seus vários documentos não deixaram de lembrar e de mencionar a importância de São José para os cristãos.

Pio XI, na sua alocução de 19 de março de 1928, sustentou a superioridade de São José sobre São João Batista e São Pedro, e na alocução de 19 de março de 1935 mostrou a ligação de São José com a união hipostática. Também na sua alocução de 19 de março de 1928 deu-lhe o título de “Onipotente”, assim como em vários outros documentos ressaltou a figura grandiosa do Santo Patriarca.

Pio XII destacou em vários documentos os aspectos da figura de São José, particularmente na encíclica “Haurietis Aquas”, de 15 de maio de 1956, descreveu o relacionamento familiar de Jesus com São José, salientando que o coração de Jesus palpitava de amor pelo seu pai a quem obedecia e ajudava no trabalho da carpintaria.

João XXIII em sua carta apostólica “Le voci”, de 19 de março de 1961, nomeou São José o Protetor do Concílio Ecumênico Vaticano II.

Paulo VI apresentou a figura cristalina e edificante de São José em seus inúmeros documentos e pronunciamentos; na constituição “Lumen Gentium”, de 21 de novembro de 1964, salientou que no sacrifício eucarístico veneramos sobretudo a memória da Bem-aventurada Virgem Maria e também do Bem-aventurado José. Exaltou a sua grandeza, colocou-o em relação com o mundo do trabalho, apontou-o como o introdutor do Evangelho das bem-aventuranças, anunciou-o como programa para a redenção da humanidade, apresentou-o como ponto referencial para as famílias...

João Paulo II em sua encíclica “Redemptor hominis”, de 04 de março de 1979, inseriu-o no coração da nossa redenção. Propô-lo como modelo para todos os pastores e ministros da Igreja. Na encíclica “Laborem Exercens”, de 14 de setembro de 1981, colocou-o ao lado de Jesus, explicitando-o como “O evangelho do trabalho”. No prefácio do novo Código de Direito Canônico, de 25 de janeiro de 1983, confiou a reta observância das normas impetrando a beatíssima Virgem Mãe da Igreja e o “seu esposo São José, Patrono da Igreja”. Além de lembrá-lo em muitos outros documentos, por fim escreveu a exortação apostólica “Redemptoris Custos” aos 15 de agosto de 1989, um verdadeiro tratado de Josefologia, onde ilustra a figura e a missão de São José na vida de Cristo e da Igreja. Este é o pronunciamento do Magistério da Igreja mais completo e atual que até agora possuímos.