67. Se São José é intercessor, é também protetor?

A devoção a São José teve um desenvolvimento surpreendente, culminando na sua proclamação como Patrono da Igreja Universal, com o decreto “Quemadmodum Deus” de Pio IX aos 08 de dezembro de 1870. Neste decreto o Papa afirma de José, como pai de Jesus, que Deus “constituiu como senhor de sua casa e de suas propriedades, e como guarda de seus tesouros mais queridos. A Jesus ele abraçou-o com afeto paterno e nutriu-o com solicitude especialíssima”. O Papa Leão XIII em sua encíclica “Quamquam Pluries”, de 15 de agosto de 1889, explica o porquê do patrocínio de São José sobre toda a Igreja Católica com estas palavras: “As causas e razões especiais pelas quais São José foi proclamado Patrono da Igreja e em virtude das quais ela se colocou repetidas vezes sob a sua proteção, são estas: Porque ele foi o esposo de Maria e pai, como era reconhecido, de Jesus Cristo. Daí derivam sua dignidade e graça, santidade e glória”.

Sendo ele protetor de toda Igreja, o é também de todos os fiéis, particularmente das famílias. Na verdade, a família de Nazaré, da qual ele é o chefe, torna-se o modelo mais sublime para todas as famílias. Por isso, todas as famílias devem tê-lo como seu protetor. São José é tido também como protetor dos sacerdotes, em virtude de sua específica missão de cuidar do tesouro divino do Pai aqui na terra, vivendo intimamente com Ele, tocando-o, sustentando-o, defendendo-o e educando-o. Na verdade, o mesmo corpo que nasceu de Maria e que José protegeu é aquele que o sacerdote segura no momento da consagração na missa. “São José nutriu, como nos ensina Pio IX, aquele que os fiéis deviam comer como pão da vida eterna”. Portanto, existe uma relação profunda entre o ministério sacerdotal e a missão de São José.

Ele é também o protetor da boa morte, justamente por ter morrido ao lado de Jesus e de Maria.