34. O que dizem os apócrifos sobre José?

Os apócrifos são escritos datados dos últimos séculos antes de Cristo até os primeiros séculos da era cristã e estes não são reconhecidos como inspirados por Deus, pois não passam de ficções acompanhadas por fantasias e lendas pueris. Apesar disso, estes textos exerceram uma grande influência na pregação e devoção popular, assim como nas expressões artísticas. Graças a isso, José recebeu algumas conotações que não condizem com sua pessoa.

Na primeira delas, já salientamos, José ficou por muitos séculos apresentado, sobretudo pela arte fictória como, sendo um velho de barba branca quando se casou com Maria. Outra fantasia destes textos é que José, antes de casar-se com Maria já tinha se casado, aos 40 anos, com uma mulher chamada Melca, com quem viveu 49 anos e teve quatro filhos, ficando viúvo aos 89 anos. Ainda outra fantasiosa lenda sobre o seu casamento com Maria relata que havia muitos pretendentes para casar-se com ela, e diante disso o sumo sacerdote teria deixado a decisão da escolha do marido de Maria a Deus, colocando num lugar santo um ramo com o nome de cada pretendente, e milagrosamente o ramo de José floresceu e assim ele foi o escolhido. Por isso São José freqüentemente foi representado pela arte com um ramo florido na mão, para simbolizar a sua divina eleição. Encontramo-lo também representado com um lírio na mão para simbolizar sua pureza.